Coletividade, Diálogo sim!

Apesar de muitos esforços, ainda não se tem, na maioria das escolas públicas um trabalho coletivo organizado, cujo objetivo seja a elaboração para o desenvolvimento dos aspectos necessários, o pleno funcionamento e atendimento aos alunos garantindo a qualidade do ensino e aprendizagem. Sendo que, o trabalho coletivo segundo Fusari, é aquele realizado por um grupo de pessoas que tem compromisso com a democratização da educação escolar. Para tanto faz-se necessário compreender a importância do diálogo entre os envolvidos no contexto educacional. Valendo-se da necessidade de perceber o quanto estamos dispostos a ir além de nossas limitações; sair do enquadramento atribuído pelos padrões da sociedade, incluir a sisão do outro; compreender que o conflito é o leme da aprendizagem. Mudar implica alcançar consensos muitas vezes por motivos diversos além de escutar de forma sensível (sem julgar ou emitir juízo de valores) e colaborar com a possibilidade de construir algo propositivo juntos, pois todos querem dizer e tem o direito de serem ouvidos.

Participação!

Na escola Maria José Teles, a qual eu leciono deu-se início a articulação para a eleição do Grêmio Estudantil, é interessante o movimento que está sendo feito pelos alunos. O quanto é bom fazer parte de um espaço em que vale o direito de expressão. E o Grêmio constitui-se em um meio de participação dos alunos na vida escolar, o que favorece a formação para a cidadania, tornando-se um espaço de discussão para tomadas de decisões.

Inclusão Digital

Hoje, vivemos em uma sociedade contemporânea caracterizada pela era da tecnologia, em que a educação deve acompanhar e buscar a inserção de recursos educacionais que viabilizem e oportunizem os envolvidos nas possibilidades dessa era.

Acredito que os "softwares livres foram criados para modificar uma realidade ainda existente e que dificulta o desenvolvimento do conhecimento gratuito relacionado aos sistemas de informática" (República Federativa do Brasil). Pois, há pessoas que ainda não tem o acesso garantido a essas tecnologias a exemplo de nosso município de Tapiramutá em que há alguns espaços digitais, porém, não funcionam adequadamente para inserção de todos.

Diário

O Diário de ciclo se constitui em assunto fundamental para nós educadores, no sentido de ampliar a compreensão dos processos de desenvolvimento da construção e sistematização do conhecimento, pois, o registro é um instrumento valioso para a construção da competência do educador, que consiste na permanente tarefa de escrever e socializar a reflexão, valendo-nos do diálogo, assim, o registro torna-se história, memória individual e coletiva na palavra escrita. Reconheço a necessidade de adquirir a postura de registrar estas histórias na perspectiva do exercício constante, mesmo correndo o risco de expor meus medos e erros na escrita, dei-me conta da importância desse ato que até então, acreditava que a memória sozinha seria capaz de conservá-los.

Ensinar a ler é atividade apenas de Língua Portuguesa?

Acredito que ensinar a ler não seja apenas atividade de Língua Portuguesa e sim de todas as áreas, pois a interdisciplinaridade de outras disciplinas, curriculares e extracurriculares. Como os professores e o próprio idioma não são ilhas, nem vozes de um só livro, mas comunitários e solidários e polifônicos, tem necessidade de todos os demais educadores. Assim, não importa qual seja a disciplina, em qualquer grau de ensino e de educação, todos os professores são e devem ser professores de Língua Portuguesa. E cada vez mais sou convicta dessa afirmação, pois tenho vivenciado isso aqui no curso de Licenciatura em Pedagogia.

Relacionamentos

Na década de 90 chega no Brasil a internet e posteriormente sua popularização embora, no país, ainda exista um grande número de excluídos digitais, as ferramentas que permitem interação escrita e audiovisual tornaram-se unanimidades. Assim, outras formas de interação foram surgindo como os sites de relacionamentos, blogs, twitter e outras tantas que ainda surgirão. Por que fazem sucesso? Porque estamos à procura de relações equilibradas, harmoniosas e a internet nos possibilita encontrar pessoas de acordo com alguns critérios de afinidade, o que evita tensões.
Então, amigos virtuais, amizades reais?

Rotatividade dos docentes

A realidade da Educação pública brasileira: o quadro docente está sempre mudando. Alguns professores ficam pouco tempo na escola porque podem pedir transferência para outra unidade e outros passam pelas salas de aula para substituir colegas que estão de licença e ainda tem aqueles que são transferidos apenas por questões políticas partidárias. Mas essa rotatividade está longe de ser positiva. Quem fica apenas alguns meses com uma turma não cria vínculos com os alunos – o que compromete a aprendizagem pela falta de interação e continuidade no trabalho pedagógico – nem com a comunidade, prejudicando assim a construção da identidade escolar.