“A história não se escreve fora do espaço, e não há sociedade espacial. O espaço, ele mesmo, é social”. (Milton Santos, 2009, S.P)
Após a análise sugerida pelo professor Helmut
da seqüência didática: Por dentro do bairro produzida pela professora Luzia Feitosa Jabra e executada com seus alunos de 5ª a 8ª séries do colégio Professor João de Lima Paiva revela que é possível trabalhar de forma significativa com a Geografia.
Pois, faz-se necessário romper com a prática tradicional da sala de aula, não adianta apenas a vontade do professor. É preciso que haja concepções teóricas e metodológicas capazes de permitir o reconhecimento do saber do outro, a capacidade de ler o mundo da vida e reconhecer a sua dinamicidade, superando o que está posto como verdade absoluta. Além disso, é preciso trabalhar com a possibilidade de encontrar formas de compreender o mundo, produzindo um conhecimento que é legítimo.
Entender que a língua é um conjunto de modalidades socialmente produzidas e com diferentes graus de prestígio social. A língua oral e escrita, enquanto produção histórica, comporta e expressa as mesmas contradições próprias da sociedade. As diferentes linguagens refletem o âmbito cultural próprio do segmento social e do grupo que caracteriza as pessoas que a utilizam.
Teoricamente compreendia a fala, bem privado, é a concretização da língua, é o uso individual. Cada falante tem o domínio da língua que fala e pode usá-la como quiser dentro das regras preestabelecidas pelo contrato coletivo feito com os demais falantes da língua.
Assim, a língua, por intermédio da fala, é identificadora de grupos à medida que ela representa a sociedade. É nela que se refletem as mudanças sociais, as identidades culturais. O perfil da comunidade pode ser percebido na variedade lingüística adotadas pelos diversos grupos ali presentes.
Já que a varição lingüística está ligada natural e inseparavelmente, o fenômeno lingüístico que pode ser: variação histórica; variação geográfica; variação social e situacional (linguagens: formal e informal). Sendo assim, não posso acreditar mais que há uma única forma certa de falar.
Pegue umas crianças, a idade não importa nem seu estado aparente, condição social, aquisitiva e família, pergunte seus nomes. Aqui importa suas vontades, seus desejos de compartilhar e interagir com os demais, coloque-as em um ambiente acolhedor que propicie uma variedade de escrita manusear, olhar, examinar vivenciar, compartilhar, conversar, e ainda ler.
Sirva livros, jornais, embalagens, placas, receitas, propagandas, revistas, imagens, fotos, fichas técnicas, listas, nomes da turma, agendas, diários, quadrinhas, cartas, dicionários, musicas, poemas, parlendas, poesias, trava-línguas, alfabeto móvel, enfim tudo o que possibilite leituras e que não seja só a de pretexto (escolarizada), mas as que circulam no âmbito social.
Convide-as para olhar as coisas escritas que existem n sala de aula. Em seguida no caminho da escola até suas casas, nas lojas, na televisão, nos aparelhos eletrônicos e domésticos, em suas roupas e dentre outros.
Depois converse com as crianças acerca do que observaram e registre em papel metro.
Permitam as crianças cortarem letras, palavras, frases, gravuras que chamem a sua atenção para fazerem parte das escritas da turma e sempre recorrerem às elas quando necessário.
Faça leitura permanente pelo professor todos os dias, oportunizando que as crianças adquiriram algumas habilidades de leitores e escritores proficientes. Leituras essas selecionadas de acordo com os interesses da turma e garanta a elas familiaridade com os gêneros propiciados.
Considere as experiências de cada criança que é singular e faça acontecer a pluralidade na construção de suas identidades a partir do contexto de letramento e a alfabetização.
Aplique doses de valores morais para a convivência harmoniosa e misture aos conhecimentos construídos pela humanidade.
Permanecer a estudar, pesquisar, ousar, romper siga em frente implementando a alfabetização.
Na oficina Português Brasileiro em debate: questões atuais ministrada pelo professor Tico Serpa, fizemos análise de vários autores dentre eles Irandé Antunes, livro: "Lutar com palavras: Coesão e coerência" de onde foi retirado o trecho abaixo.
Subi a porta e fechei a escada Tirei minhas orações e recitei meus sapatos Desliguei a cama e deitei-me na luz Tudo porque Ele me deu um beijo de boa noite...
Na primeira instância podemos de imediato criticar dizer que não tem coerência, mas na verdade para compreender é preciso um conhecimento linguístico, de mundo (contexto) e pragmático (interação).Cabe então, ao professor de Língua Portuguesa criar consciência nos alunos do funcionamento da língua.
Neste curso de Formação de Professores em Exercício oferecido pela UFBA se faz essencialmente necessário à inserção de todos os cursistas no mundo digital, e a atividade de ambiente de rede trazida por Sule e Bonilla, nos proporciona interagir completamente, pois temos que fazer uso do computador como fonte de estudo e de pesquisa, sei que não é fácil a implantação de políticas públicas oferecendo a inclusão digital nas escolas por parte do governo, mas é preciso que orientemos nossos alunos a buscarem o melhor uso possível das novas tecnologias, para que façam bom uso destes recursos disponibilizados em qualquer esquina, sabemos que nas operações mais simples, até em supermercados a tecnologia é utilizada tanto para economizar tempo quanto para substituir mão de obra.
Através do curso: Infância e singularidades, aprendi que a palavra infância vem de Infans significa "aquele que não fala", isso podemos ver refletido sobre o processo de construção da infância na sociedade, onde observamos figura da criança como aquele que não tem capacidade de ser, estar e atuar por ser criança, ou seja, vista apenas como um ser moldado pelo adulto ou como um indivíduo sem valor, sem um espaço na sociedade, e isso decorre desde a sociedade medieval até tempos atrás, onde começa a mudar tais concepções e passa-se a ver a criança como um indivíduo pertencente ao meio social com sua cultura e seu modo de entender o mundo, pois antes a criança inexistia ou ficava adstrita a escassos momentos. Ou seja, não participava do meio, era isolada como um indivíduo que nada sabe.
No âmbito educacional, apesar de estudos mais recentes sobre a infância como construção social e as crianças como produtoras também de conhecimento, a criança ainda é percebida com um "vir a ser", sendo a educação um ato de formação da criança para o futuro.
Sabe-se que escrever supõe tomada de decisões acerca do que vai ser escrito como será escrito e essa dificuldade trabalha com a questão do ato de escrever e toda a sua estrutura gramatical, ortográfica fonética etc., pois a construção da escrita é um dos últimos processos de aprendizagem e um dos mais complexos a ser adquirido pelo homem. É comum ao se iniciar a aprendizagem da escrita, é assumir o caráter de dificuldade de aprendizagem de acordo com sua persistência ao longo da experiência escolar. Vale ressaltar que tais dificuldades podem aparecer em quaisquer processos. Durante as atividades propostas pelo curso de Licenciatura em Pedagogia oferecido na UFBA, compreendi porque os professores falavam tanto que era importante o registro das atividades desenvolvidas ao termino de cada uma para quando fossemos construir o diário de ciclo. Percebi isso quando fui escrever o diário de ciclo, pois, está intimamente relacionada com o aprendizado, uma vez que o aprendizado é a aquisição de conhecimentos e a memória é o resgate desses conhecimentos após certo tempo. Percebi a necessidade de registrar e adquirir essa postura na perspectiva do exercício constante mesmo correndo o risco de expor meus medos e erros na escrita. Dei-me conta da importância desse ato que até então acreditava que a memória daria conta. O registro se constitui em assunto fundamental para todos os educadores, no sentido de ampliar-lhes a compreensão dos processos de desenvolvimento da construção e sistematização do conhecimento, pois, o registro é instrumento para a construção da competência do educador reflexivo que consiste na permanente tarefa de escrever e socializar nossa reflexão valendo-nos do diálogo, assim, o registro torna-se história, memória individual e coletiva na palavra escrita. A partir das situações de escrita e reflexões que vivenciei no curso, hoje sei como devo proceder em minha prática docente quando se trata do registro como instrumento de acompanhamento dos meus alunos, sei que não será possível fazer o registro escrito de todos de uma só vez, mas posso ir registrando por grupos em cada dia. Assim terei o registro de todos no final da semana. Desse modo, reconheço que a memória por si só pode ser falha ao lembrar do que aconteceu no passado, então a escrita surge como recurso de ajuste à memória.
De alfabetização eu não era muito amiga. Então tinha dificuldade. Mas, estudava, lia, pegava os pontos, aquelas coisa, sabe? A professora de prática, ela ditava matéria de ensino. O que estava errado. Mas, serviu. Porque depois eu lia e ia vendo como é que podia ensinar. Eu segui aqueles ensinamentos da escola. Foi assim que ensinei no primeiro ano de trabalho. A primeira criança que alfabetizei foi Ian, que felicidade! Nós tínhamos uma professora de didática. Ela chegava e explicava: É para ensinar isso, assim, assim, ia falando, esinava matemática. Daqui a pouco ia ensinar outra matéria, falava, falava. A gente tomava nota, tomava nota de tudo. Mas nunca se deu aula nenhuma, não. Não havia prática. E faz falta aula prática, não é? Penso e pergunto: Será que todas as formas de alfabetização dos professores "antigos" podem ser chamadas de impositivas, repetitivas, mecânicas, sem sentido para as criançaas? O que podemos aprender das experiências desses professores e de crianças que estudaram neste período?
Eu sou Patrícia, Paty, Tica ou Chocolate, você escolhe, porque eu já sei que sou um pouco de todos e também sei que "existo, logo penso," ah! Faço parte do curso de Pedagogia pela UFBA. Este espaço se constituirá como parte integrante no meu processo de construção de aprendizagem. Aguardem!
